Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2018

Ruy Guerra

Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira (Lourenço Marques, atual Maputo, 22 de Agosto de 1931) é um realizador de cinema, poeta, dramaturgo e professor nascido em Moçambique, então território português. Vive no Brasil desde 1958. Estudou no Institut des hautes études cinématographiques (IDHEC) de Paris a partir de 1952. Até 1958, atuou como assistente de direção, antes de se instalar no Brasil, onde dirigiu seu primeiro filme, Os Cafajestes (1962). Ingressando nas fileiras do Cinema Novo, em 1964 realizou seu melhor filme, Os Fuzis, ao qual se seguiram obras notáveis como Tendres chasseurs (1969) e Os Deuses e os Mortos (1970). A situação política brasileira durante a ditadura militar impôs-lhe uma pausa que terminaria em 1976 com A Queda. Em 1980 regressou a Moçambique, então já independente, onde rodou Mueda, Memória e Massacre, o primeiro longa-metragem desse país. Ainda em Moçambique, realizou diversos curtas e contribuiu para a criação do Instituto Nacional do Cinema. Viveu e t

Zé Dantas

José de Sousa Dantas Filho (Carnaíba, 27 de fevereiro de 1921 — Rio de Janeiro, 11 de março de 1962), mais conhecido como Zé Dantas, foi compositor, poeta e folclorista brasileiro. Na voz de Luiz Gonzaga, suas canções alcançaram as paradas de sucesso da época, retratando em suas letras os costumes do povo nordestino, as tradições culturais e o cotidiano de um pedaço do país esquecido pelo poder público. Zé Dantas nasceu em Carnaíba, cidade do sertão pernambucano. Mas cedo sua família foi morar no Recife. Contribuiu com crônicas sobre folclore para a Revista Formação do Colégio Americano Batista.  Formou-se em Medicina em 1949. Mesmo sem tocar nenhum instrumento já compunha músicas usando uma caixa-de-fósforos como acompanhamento. Era um cronista dos costumes do sertanejo e muito de suas canções tinham um toque irreverente Seu encontro com Luiz Gonzaga deu-se em 1947. Gonzaga estava hospedado no Grande Hotel do Recife para uma temporada de apresentações. Zé Dantas foi até lá e apre

Torquato Neto

Torquato Pereira de Araújo Neto (Teresina, 9 de novembro de 1944 — Rio de Janeiro, 10 de novembro de 1972) foi um poeta brasileiro, jornalista, letrista de música popular, experimentador ligado à contracultura. Torquato Neto era o único filho do defensor público Heli da Rocha Nunes (1918 - 2010) e da professora primária Maria Salomé da Cunha Araújo (1918 - 1993). De Teresina, mudou-se para Salvador aos 16 anos para os estudos secundários, onde foi contemporâneo de Gilberto Gil no Colégio Nossa Senhora da Vitória (Marista) e trabalhou como assistente no filme Barravento, de Glauber Rocha. Torquato envolveu-se ativamente na cena soteropolitana, onde conheceu, além de Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia. Em 1962, mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar jornalismo na universidade, mas nunca chegou a se formar. Trabalhou para diversos veículos da imprensa carioca, com colunas sobre cultura no Correio da Manhã, Jornal dos Sports e Última Hora. Torquato atuava como um ag

Aldir Blanc

Carioca do Estácio, Aldir Blanc começou a compor na adolescência, época em que também aprendeu a tocar bateria. Foi como baterista que tocou no Teatro Azul e participou do grupo Rio Bossa Trio, que mais tarde virou GB-4. Nos anos 60 estudou medicina na universidade, especializando-se em psiquiatria. Aldir Blanc nasceu no Rio de Janeiro, no dia 02 de setembro de 1946. Aldir é um compositor e escritor brasileiro. Notabilizou-se como letrista a partir de suas parcerias com João Bosco, criando músicas como "Bala com Bala" (sucesso na voz de Elis Regina), "O Mestre-Sala dos Mares", "De Frente Pro "e "Caça à Raposa". Uma de suas canções mais conhecidas, em parceria com João Bosco, é "O Bêbado e a Equilibrista", que se tornou um hino contra a ditadura militar, também tendo sido gravada por Elis Regina. Em um de seus versos, "sonha com a volta do irmão do Henfil", faz-se referência ao sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, que

Paulo César Feital

Paulo César Feital é autor/compositor, poeta e teatrólogo. Aos quatorze anos, sua primeira música foi gravada por Moreira da Silva. Compositor gravado por grandes intérpretes da MPB, como Milton Nascimento, Nana Caymmi, Chico Buarque, Emílio Santiago, Alcione, Beth Carvalho, Leny Andrade, MPB-4, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, João Nogueira, Zezé Mota, Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Tim Maia, Selma Reis, Sandra de Sá, entre outros, e, no exterior, por Luz Marina, Don Barrows, Lucho Gatica e Barry Mannylow, soma uma discografia de mais de 400 músicas. Fazem parte de sua autoria sucessos como: Saigon, Perfume Siamês, Dias de Lua, Cinelândia, No Analices, Meu Louco, Bolero de Neblina, Brasil de Oliveira da Silva do Samba, Quarenta anos, Meu Louco entre outros. Tem como parceiros, reconhecidos nomes do cenário musical do país: Nelson Cavaquinho, Guinga, Suely Costa, Elton Medeiros, Francis Hime, João Nogueira, Jorge Vercilo, Jota Maranhão, Carlinhos Vergueiro, Gilson Peranzzetta, Jorge

Ronaldo Bastos

Ronaldo Bastos Ribeiro, iniciou sua carreira artística compondo, em parceria com Milton Nascimento, a canção "Três pontas", seguida por "Fé cega, faca amolada" e "Nada será como antes", dentre várias outras registradas em discos do parceiro. Em 1973 sua composição "Cravo e canela" (c/ Milton Nascimento) foi registrada por Caetano Veloso no LP "Araçá azul". Na década de 1980, sua canção "Um certo alguém" (c/ Lulu Santos) obteve sucesso na gravação do parceiro. Em 1989 lançou, pela Som Livre, o LP autoral "Cais", que incluiu "Fé cega, faca amolada", "Cais", "Circo marimbondo", "Nada será como antes", todas com Milton Nascimento, "O trem azul" e "Sonho real", ambas com Lô Borges, "Amor de índio" e "A página do relâmpago elétrico", ambas com Beto Guedes, "Bons amigos" (c/ Toninho Horta) e "Todo azul do mar" (c/ Flávio

Vinicius de Moraes

  Vinicius de Moraes foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de Ipanema", feita em parceria com Antônio Carlos Jobim, é um hino da música popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo. Vinicius de Moraes (1913-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Filho do funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista Lídia Cruz desde cedo já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio jesuíta Santo Inácio onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da igreja onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. Em 1933, ano de sua formatura, Vinicius publica "O Caminho Para a Distância". Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor cinematográfico, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e foi para Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na BBC londrina até 1939. Várias experiências conjuga

Dolores Duran

Dolores Duran, nome artístico de Adiléia Silva da Rocha, (Rio de Janeiro, 7 de junho de 1930 — Rio de Janeiro, 23 de outubro de 1959) foi uma cantora e compositora brasileira. Adiléia Silva da Rocha era filha de um sargento da Marinha. Começou a cantar muito cedo e recebeu seu primeiro prêmio aos dez anos de idade, no programa "Calouros em Desfile", de Ary Barroso. Suas apresentações no programa tornaram-se frequentes, fixando-a na carreira artística. Quando Adiléia tinha 12 anos seu pai faleceu e, a partir de então, teve que sustentar a família, cantando em programas de calouros e trabalhando no rádio como atriz. A partir dos 16 anos adotou o nome artístico Dolores Duran. Autodidata, cantou músicas em inglês, francês, italiano e espanhol, a ponto de Ella Fitzgerald lhe dizer que foi na voz dela que ouviu a melhor interpretação que já havia ouvido de My Funny Valentine, um clássico da música norte-americana. No final da década de 1940, Dolores estreou na Rádio Nacional,

Sidney Miller

Sidney Miller (Sidney Álvaro Miller Filho), compositor, nasceu e faleceu no Rio de Janeiro/RJ (18 de Abril/1945 - 16 de Julho/1980). Natural de Santa Teresa despontou como compositor no cenário musical brasileiro durante a década de 1960, participando com algum destaque em festivais da Música Popular Brasileira. Cursou Sociologia e Economia, porém sem concluir nenhum dos cursos. No início da carreira chegou a ser comparado com o também estreante Chico Buarque, uma vez que tinham em comum, além da timidez, a temática urbana e um especial cuidado na construção das letras. Além disso, a cantora Nara Leão, famosa por revelar novos compositores, teve grande importância na estréia dos dois - inclusive gravando, em 1967, o disco Vento de Maio, no qual dividiam quase todo o repertório: Chico Buarque assinou quatro canções, enquanto Sidney Miller era o autor de outras cinco. O primeiro registro importante como compositor foi em 1965 no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Exc

Paulo César Pinheiro

Paulo César Pinheiro (1949) é um compositor, letrista, poeta e escritor brasileiro. Parceiro de João de Aquino, Baden Powell, Pixinguinha, Tom Jobim, Francis Hime, Ivan Lins, Edu Lobo, Toquinho, Lenine, entre outros, teve suas músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Compôs trilhas sonoras para a televisão, teatro e cinema. Paulo César Francisco Pinheiro (1949) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 1949. Ainda menino já escrevia poesias. Com 14 anos, em parceria com João de Aquino, escreveu sua primeira composição “Viagem”, que foi gravada por diversos interpretes. Aos 15 anos iniciou sua parceria com o violonista Baden Powell. Dessa parceria, sua música “Lapinha” interpretada por Elis Regina foi a vencedora da I Bienal do Samba da TV Record, em São Paulo, em 1968. Paulinho, como era chamado, tinha apenas 18 anos. Ainda em 1968, em parceria com Francis Hime, escreveu “A Grande Ausente” defendida por Taiguara no III Festival da Música Popular Brasileira, sendo classifica

Cacaso

Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso, (Uberaba, 13 de março de 1944 — Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 1987) foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro. Depois de viver no interior de São Paulo, mudou-se aos onze anos para o Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento, tendo, entre outros assuntos, defendido e teorizado acerca do cenário poético de seus contemporâneos, a geração mimeógrafo, criadores da dita poesia marginal, que ganhou publicidade com a antologia 26 poetas hoje, organizada por Heloísa Buarque de Hollanda, com quem Cacaso, em janeiro de 1974, escreveu o artigo "Nosso verso de pé quebrado", no qual fazem uma síntese das poéticas de então. Seus artigos estão reunidos em Não quero prosa, publicado em 1997. Com grande talento para o desenho, já aos 12 anos ganhou página

Fernando Brant

Fernando Rocha Brant, conhecido como Fernando Brant (Caldas, 9 de outubro de 1946 — Belo Horizonte, 12 de junho de 2015) foi um compositor brasileiro. Na década de 1960, na cidade de Belo Horizonte participou do movimento musical Clube da Esquina e durante a sua carreira foi parceiro de Milton Nascimento, Lô Borges, Wagner Tiso, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga. Fernando Brant nasceu em Caldas, no sul de Minas Gerais. Aos 5 anos se mudou para Diamantina, e aos 10 para a capital mineira Belo Horizonte. Estudou no Grupo Barão do Rio Branco, no Colégio Arnaldo e no Colégio Estadual Central, antes de completar o ensino médio no recém-criado Colégio Técnico da UFMG. Brant tornou-se ávido leitor e cinéfilo, enquanto conhecia seus futuros parceiros musicais Milton Nascimento e Márcio Borges. Estudou Direito como seu pai, e trabalhou como jornalista, escrevendo para O Cruzeiro, A Cigarra e outras publicações dos Diários Associados. Sua entrada no ramo musica

Sueli Costa

Sueli Correa Costa (Rio de Janeiro, 25 de julho de 1943) é uma cantora e compositora brasileira. Nascida numa família de músicos, na qual a mãe tocava piano e ministrava aulas de canto coral. Foi nesse ambiente que aprendeu sozinha a tocar violão na adolescência, ao lado dos irmãos (Élcio, Lisieux, Telma e Afrânio) que também musicavam. No melhor estilo bossa-nova escreveu aos 18 anos a primeira composição, Balãozinho. Nos anos 1960 iniciou atividades como compositora, enquanto conciliava os estudos na Faculdade de Direito em Juiz de Fora, aonde foi criada, até 1969 quando seguiu para o Rio de Janeiro. Neste período em Juiz de Fora, Sueli Costa compôs e cantou todas as canções da peça "Cancioneiro de Lampião", encenada pelo Grupo Divulgação em 1967. Ela também trabalhou na trilha da peça "Bodas de Sangue", no mesmo ano. Anos de ininterrupta atividade como compositora, músicas gravadas por grandes intérpretes como Nara Leão, participou da trilha sonora de peças

Ana Terra

Compositora profissional desde 1975, tem cerca de 200 gravações de obras musicais com letras de sua autoria, como Elis Regina - “Essa Mulher”, “Pé sem Cabeça”, “Sai Dessa”. Milton Nascimento e Nana Caymmi - “Meu Menino”. Maria Bethânia -“Da Cor Brasileira. Emílio Santiago - “Ensaios de amor” e “É só uma canção”. Barão Vermelho e Ângela Rô Rô - “Amor meu grande amor”. Elton Medeiros - “Virando Pó”, “Direito à vida”, “Mãe e Filha”. Sueli Costa e Lucinha Lins - “Insana”, “Minha Arte”. Dori Caymmi, Leila Pinheiro e Renata Arruda - “Essa Mulher”. Lisa Ono - “Os dois”, “Eu sou carioca”, “Diz a Ela”, “Essência”. Mart’nália - “Sai Dessa”. Publicou os livros Letras e Canções (poesia) e Estrela (prosa). Recebeu prêmio do Ministério da Cultura pelo roteiro original do longa-metragem Os Campos de São Jorge. Produz e dirige audiovisuais e tem peças de teatro inéditas. Ao lado da criação artística, atua como ativista política participando do movimento independente das artes, da implantação do can