Pular para o conteúdo principal

Paulo César Pinheiro

Paulo César Pinheiro (1949) é um compositor, letrista, poeta e escritor brasileiro. Parceiro de João de Aquino, Baden Powell, Pixinguinha, Tom Jobim, Francis Hime, Ivan Lins, Edu Lobo, Toquinho, Lenine, entre outros, teve suas músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Compôs trilhas sonoras para a televisão, teatro e cinema.
Paulo César Francisco Pinheiro (1949) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 28 de abril de 1949. Ainda menino já escrevia poesias. Com 14 anos, em parceria com João de Aquino, escreveu sua primeira composição “Viagem”, que foi gravada por diversos interpretes. Aos 15 anos iniciou sua parceria com o violonista Baden Powell. Dessa parceria, sua música “Lapinha” interpretada por Elis Regina foi a vencedora da I Bienal do Samba da TV Record, em São Paulo, em 1968. Paulinho, como era chamado, tinha apenas 18 anos.
Ainda em 1968, em parceria com Francis Hime, escreveu “A Grande Ausente” defendida por Taiguara no III Festival da Música Popular Brasileira, sendo classificada em 6º lugar. Nesse mesmo ano, participou do III Festival Internacional da Canção com a música “Sagarana” interpretada por Maria Odete e “Anunciação” (com Francis Hime) interpretada pelo MPB 4.
De sua parceria com Baden Powell destacam-se as primeiras interpretes como: Elis Regina, que gravou “Samba do Perdão”, “Quaquaraquaquá” e “Aviso aos Navegantes” e Elizete Cardoso com “Refém da Solidão”. Ainda em 1970, Paulo César Pinheiro escreveu músicas para a trilha sonora da novela Semideus, e do filme A Vingança, de Marcos Farias. De sua parceria com Mauro Duarte, as músicas “Menino Deus” e “Canto das Três Raças” foram gravadas pela cantora Clara Nunes, sua primeira mulher, que faleceu em 1983.
Ainda na década de 70, a música “E Lá se Vão Meus Anéis” (com Eduardo Gudin) foi classificada em 1º lugar no IV Festival Universitário da Música Popular, interpretada pelo conjunto OS Originais do Samba, em 1971. No ano seguinte, sua música, “Diálogo” em parceria com Baden Powell ficou em 2º lugar no VII Festival Internacional da Canção.
Em 1974, Paulo César gravou seu primeiro disco como interprete de suas canções: “Paulo César Pinheiro”, com destaque para as músicas “Maior é Deus” (parceria com Eduardo Gudin), “Bezouro Mangangá” (com Baden Powell), “Viagem” (com João de Aquino), “Pesadelo” (com Maurício Tapajós) e “Cicatrizes” (com Miltinho).
Suas poesias foram publicadas nos livros: “Canto Brasileiro” (1973), “Poemas Escolhidos” (1983), “Viola Morena” (1984), “Atabaques, Violas e Bambus” (2000), “Clave de Sal – Poemas do Mar” (2003). Publicou os romances: “Portal do Pilar” (2009) e “Matinta, o Bruxo” (2010) e também “História das Minhas Canções” (2010).
Entre seus interpretes famosos destacam-se Chico Buarque, que em 2001 gravou o samba “O Poder da Criação”, Edu Lobo, que em 2010 gravou o CD intitulado, “Tantas Marés”, com músicas de autoria dos dois. Nesse mesmo ano, Maria Betânia lançou o CD e DVD “Amor, Festa e Devoção” com as canções “O Amor Outra Vez” (com Dori Caymmi) e “Linha de Caboclo” (com Pedro Amorim). Em 2012, a cantora lançou o CD “Oásis da Bahia” com as músicas “Salmo” (com Raphael Rabello) e “Cartas de Amor”, uma parceria com a própria Betânia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Paulo César Feital

Paulo César Feital é autor/compositor, poeta e teatrólogo. Aos quatorze anos, sua primeira música foi gravada por Moreira da Silva. Compositor gravado por grandes intérpretes da MPB, como Milton Nascimento, Nana Caymmi, Chico Buarque, Emílio Santiago, Alcione, Beth Carvalho, Leny Andrade, MPB-4, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, João Nogueira, Zezé Mota, Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Tim Maia, Selma Reis, Sandra de Sá, entre outros, e, no exterior, por Luz Marina, Don Barrows, Lucho Gatica e Barry Mannylow, soma uma discografia de mais de 400 músicas. Fazem parte de sua autoria sucessos como: Saigon, Perfume Siamês, Dias de Lua, Cinelândia, No Analices, Meu Louco, Bolero de Neblina, Brasil de Oliveira da Silva do Samba, Quarenta anos, Meu Louco entre outros. Tem como parceiros, reconhecidos nomes do cenário musical do país: Nelson Cavaquinho, Guinga, Suely Costa, Elton Medeiros, Francis Hime, João Nogueira, Jorge Vercilo, Jota Maranhão, Carlinhos Vergueiro, Gilson Peranzzetta, Jorge

Ruy Guerra

Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira (Lourenço Marques, atual Maputo, 22 de Agosto de 1931) é um realizador de cinema, poeta, dramaturgo e professor nascido em Moçambique, então território português. Vive no Brasil desde 1958. Estudou no Institut des hautes études cinématographiques (IDHEC) de Paris a partir de 1952. Até 1958, atuou como assistente de direção, antes de se instalar no Brasil, onde dirigiu seu primeiro filme, Os Cafajestes (1962). Ingressando nas fileiras do Cinema Novo, em 1964 realizou seu melhor filme, Os Fuzis, ao qual se seguiram obras notáveis como Tendres chasseurs (1969) e Os Deuses e os Mortos (1970). A situação política brasileira durante a ditadura militar impôs-lhe uma pausa que terminaria em 1976 com A Queda. Em 1980 regressou a Moçambique, então já independente, onde rodou Mueda, Memória e Massacre, o primeiro longa-metragem desse país. Ainda em Moçambique, realizou diversos curtas e contribuiu para a criação do Instituto Nacional do Cinema. Viveu e t

Ronaldo Bastos

Ronaldo Bastos Ribeiro, iniciou sua carreira artística compondo, em parceria com Milton Nascimento, a canção "Três pontas", seguida por "Fé cega, faca amolada" e "Nada será como antes", dentre várias outras registradas em discos do parceiro. Em 1973 sua composição "Cravo e canela" (c/ Milton Nascimento) foi registrada por Caetano Veloso no LP "Araçá azul". Na década de 1980, sua canção "Um certo alguém" (c/ Lulu Santos) obteve sucesso na gravação do parceiro. Em 1989 lançou, pela Som Livre, o LP autoral "Cais", que incluiu "Fé cega, faca amolada", "Cais", "Circo marimbondo", "Nada será como antes", todas com Milton Nascimento, "O trem azul" e "Sonho real", ambas com Lô Borges, "Amor de índio" e "A página do relâmpago elétrico", ambas com Beto Guedes, "Bons amigos" (c/ Toninho Horta) e "Todo azul do mar" (c/ Flávio