Pular para o conteúdo principal

Fernando Brant

Fernando Rocha Brant, conhecido como Fernando Brant (Caldas, 9 de outubro de 1946 — Belo Horizonte, 12 de junho de 2015) foi um compositor brasileiro.
Na década de 1960, na cidade de Belo Horizonte participou do movimento musical Clube da Esquina e durante a sua carreira foi parceiro de Milton Nascimento, Lô Borges, Wagner Tiso, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga.

Fernando Brant nasceu em Caldas, no sul de Minas Gerais.
Aos 5 anos se mudou para Diamantina, e aos 10 para a capital mineira Belo Horizonte. Estudou no Grupo Barão do Rio Branco, no Colégio Arnaldo e no Colégio Estadual Central, antes de completar o ensino médio no recém-criado Colégio Técnico da UFMG.
Brant tornou-se ávido leitor e cinéfilo, enquanto conhecia seus futuros parceiros musicais Milton Nascimento e Márcio Borges.
Estudou Direito como seu pai, e trabalhou como jornalista, escrevendo para O Cruzeiro, A Cigarra e outras publicações dos Diários Associados.
Sua entrada no ramo musical foi em 1966, quando Nascimento o convidou para colocar, pela primeira vez, letra em uma melodia.
O resultado foi "Travessia", inspirada na obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. Em 1967, "Travessia" foi gravada no álbum de mesmo nome de Nascimento, e ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro.

De lá para cá Brant compôs canções com vários parceiros. O principal foi Milton Nascimento, com quem compôs mais de 200 canções, entre elas "Maria, Maria", "Canção da América", "Ponta de Areia", "Planeta Blue", "Promessas do Sol", "O Vendedor de Sonhos", "Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)", "Encontros e Despedidas", "Nos Bailes da Vida" e "San Vicente". Os temas evocavam em especial a infância do autor, com uma BH tranquila, com a garotada brincando nas ruas.
Criou roteiros e letras para balés, teatros e trilhas de filmes nacionais e novelas. Criou com Tavinho Moura o musical brasileiro Fogueira do Divino.

Desde os anos 1980, presidia a União Brasileira de Compositores, atuando na defesa de direitos autorais de músicos.
 Brant voltou a trabalhar para a imprensa sendo colunista de cultura do Estado de Minas entre 2001 e 2014.
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Paulo César Feital

Paulo César Feital é autor/compositor, poeta e teatrólogo. Aos quatorze anos, sua primeira música foi gravada por Moreira da Silva. Compositor gravado por grandes intérpretes da MPB, como Milton Nascimento, Nana Caymmi, Chico Buarque, Emílio Santiago, Alcione, Beth Carvalho, Leny Andrade, MPB-4, Danilo Caymmi, Quarteto em Cy, João Nogueira, Zezé Mota, Cauby Peixoto, Pery Ribeiro, Tim Maia, Selma Reis, Sandra de Sá, entre outros, e, no exterior, por Luz Marina, Don Barrows, Lucho Gatica e Barry Mannylow, soma uma discografia de mais de 400 músicas. Fazem parte de sua autoria sucessos como: Saigon, Perfume Siamês, Dias de Lua, Cinelândia, No Analices, Meu Louco, Bolero de Neblina, Brasil de Oliveira da Silva do Samba, Quarenta anos, Meu Louco entre outros. Tem como parceiros, reconhecidos nomes do cenário musical do país: Nelson Cavaquinho, Guinga, Suely Costa, Elton Medeiros, Francis Hime, João Nogueira, Jorge Vercilo, Jota Maranhão, Carlinhos Vergueiro, Gilson Peranzzetta, Jorge

Ruy Guerra

Ruy Alexandre Guerra Coelho Pereira (Lourenço Marques, atual Maputo, 22 de Agosto de 1931) é um realizador de cinema, poeta, dramaturgo e professor nascido em Moçambique, então território português. Vive no Brasil desde 1958. Estudou no Institut des hautes études cinématographiques (IDHEC) de Paris a partir de 1952. Até 1958, atuou como assistente de direção, antes de se instalar no Brasil, onde dirigiu seu primeiro filme, Os Cafajestes (1962). Ingressando nas fileiras do Cinema Novo, em 1964 realizou seu melhor filme, Os Fuzis, ao qual se seguiram obras notáveis como Tendres chasseurs (1969) e Os Deuses e os Mortos (1970). A situação política brasileira durante a ditadura militar impôs-lhe uma pausa que terminaria em 1976 com A Queda. Em 1980 regressou a Moçambique, então já independente, onde rodou Mueda, Memória e Massacre, o primeiro longa-metragem desse país. Ainda em Moçambique, realizou diversos curtas e contribuiu para a criação do Instituto Nacional do Cinema. Viveu e t

Ronaldo Bastos

Ronaldo Bastos Ribeiro, iniciou sua carreira artística compondo, em parceria com Milton Nascimento, a canção "Três pontas", seguida por "Fé cega, faca amolada" e "Nada será como antes", dentre várias outras registradas em discos do parceiro. Em 1973 sua composição "Cravo e canela" (c/ Milton Nascimento) foi registrada por Caetano Veloso no LP "Araçá azul". Na década de 1980, sua canção "Um certo alguém" (c/ Lulu Santos) obteve sucesso na gravação do parceiro. Em 1989 lançou, pela Som Livre, o LP autoral "Cais", que incluiu "Fé cega, faca amolada", "Cais", "Circo marimbondo", "Nada será como antes", todas com Milton Nascimento, "O trem azul" e "Sonho real", ambas com Lô Borges, "Amor de índio" e "A página do relâmpago elétrico", ambas com Beto Guedes, "Bons amigos" (c/ Toninho Horta) e "Todo azul do mar" (c/ Flávio